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sábado, 1 de maio de 2010

OLHOS D'ÁGUA



Luiz Martins da Silva


Estes teus olhos profundos

(Mais parecem espelhos d’água)

Convidam-me por ir ao fundo

De nuvens no céu espalhadas.



Ah! Estes teus olhos-enigma

(De lhes não ter exatidão)

Seriam um mistério, abertos:

Labirinto, mapa, cifra de coração.



Ora, se deles me afasto,

Num fôlego de calma vaga,

Ergue-se de pronto algum frêmito

Como se em ânsias de naufrágio.



Barquinho, nau de insensato,

(Por onde teus olhos naveguem)

Lá estarei eu de marujo,

No mastro, bandeira pirata.

Um comentário:

Sonia Schmorantz disse...

Lindo este poema. Tenha um feliz dia das mães.
beijo