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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

DÉJÀ VU






Às vezes,  chegam-me refletidas das memórias;   fotografias

São nítidos lugares , cenas matinais , rostos e jardins.

Pontes em arcos, rio lento deslizando entre  eles.

Chegam-me em  flashes:  degraus de escadas e quintais.

Silencio e observo a fumaça das cores diluírem-se com as águas

do rio.

Em que lugar das lembranças escondem-se esses dias

Onde ficaram escritos, em que livros se perderam

Em que paredes  ocultas  amordaçaram-se  no corredor 

dos séculos, os fragmentos vitrais das vidas.


Luísa Ataíde

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

BARCO DA ILUSÃO




Rosângela Ataíde

alma
que desta ilusão
(escrava)
                       
segue
ruas, labirintos
mares, cardeais
saudades

e nem sei se parto
ou se aborto
certas palavras

pois de todas as letras que sinto
este mastro
não é de sofrimento
não é de dor
é o oco que na tormenta me assusta
pois quase se parte
quando surge
em minha rota
(felicidade)

é ainda neste barco
de especta[dor
que
                                     noturna
                       
esta alma
mira luzes no firmamento piscando...

estrelas?

ou é você de prontidão
que me aguarda?

...contínuo é este espaço.

e eu sigo.

                                                                                   Dedicado a Brenno Lessa

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PEDRA POLIDA - quase joia


LUIZ MARTINS DA SILVA

Gravo teu riso
Rupestre imagem
Tela ancestral.

Grafo teus olhos
Em céu astrológico 
De símbolos mágicos.

És minha guia
Talismã arcaico
Totem tatuagem.

Não imaginas quantos
Sonhos poderosos
Me dão força contigo.

Coração troglodita
Vigilante cismo
Viver do teu abismo.