Tanta coisa vã no mundo,
Tanto mundo nas escuras.
Tanta coisa vai ao fundo,
Tanta alma na rasura.
De tonto viver às tantas,
Tento-me esguio no feito,
De tão gordas são as contas,
Lívida, a vida no seu jeito.
Livrara-me de tanta carga,
No encargo do todo dia,
Mal o azinhavre se larga,
No de escrever algaravia.
Só a tonteira é o incômodo,
Viver bêbedo sem bebida,
Paixão, fermento sem bafo,
Trôpego, mas cheio de vida.
( créditos de imagem - http://www.coluna-da-sal.com/nop/principal.htm )
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