Luiz Martins da Silva
Estes teus olhos profundos
(Mais parecem espelhos d’água)
Convidam-me por ir ao fundo
De nuvens no céu espalhadas.
Ah! Estes teus olhos-enigma
(De lhes não ter exatidão)
Seriam um mistério, abertos:
Labirinto, mapa, cifra de coração.
Ora, se deles me afasto,
Num fôlego de calma vaga,
Ergue-se de pronto algum frêmito
Como se em ânsias de naufrágio.
Barquinho, nau de insensato,
(Por onde teus olhos naveguem)
Lá estarei eu de marujo,
No mastro, bandeira pirata.
Um comentário:
Lindo este poema. Tenha um feliz dia das mães.
beijo
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