Ao amigo Milovan
Nós, Homens comuns feitos de sonhos e segredos
Moldados em água e barro , perguntamos:
Por quem sopram os ventos e trilham os rios?
Por quem clareia a aurora e cintilam as estrelas?
Pelos que as apontam em noite escura
Por todos que com coragem entregam a cara à brisa.
Foi o sopro no momento da criação que nos abriu os sentidos
e nos entregou o sonho
Que nos faz ver jardins em pacotes de sementes
Que nos move os dias.
Nós, Homens comuns, temos asas
Mas asas não fazem pássaros
Morcegos as possuem.
É a coragem dos voos sobre mares e rotas imprecisas.
É certo que os dias nos retornam aos pés, tão iguais e enfileirados
Um após o outro...
Ao tédio dos dias iguais
Abra os braços e
Vai.
Luísa Ataíde
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