MARIA AZENHA- Portugal
ele voltou a cabeça.
não revelou os gestos........que talvez os olhos
fossem cegos
iluminou-se entre pequenas faúlhas de ciprestes
interpelou as árvores dos bosques com poemas de acenos
ao crepúsculo,
estávamos às escuras.
disse: isto é o mundo
temos de o percorrer............com vogais nas mãos
e os pés unidos........em forma de borboleta
colocar asas na boca..........porque as imagens não
podem voar para trás.........respirar nos frutos
de cara voltada para a luz
quando fechei o livro,.........ele tornou a
voltar a cabeça.
sabia que dançar é a história do Uni-verso
vi-o de costas............era belo
e cego.