Luís Martins da Silva
Aos ipês pouco restou de árvores.
São, agora, conosco, mais gente.
Querem, insinuam-se, insígnias,
A se gravarem em nossos emblemas.
Roxos, amarelos, brancos...
Arcaicos, ou já de cativeiros,
Eles se implantam, desde as planchetas,
Para as nossas avenidas e esplanadas.
Fazem parte, agora, das imagens,.
Páginas dos álbuns de família,
íntimas e urbanas paisagens.
Eu os recolho, com olhares meigos
Às tantas estações de minha vida,
Postais de afetos, mulheres e filhos.