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domingo, 13 de novembro de 2011
AMOR E TEMOR
"O perfeito amor lança fora o temor". (I JOÃO, 4:18.)
LUIZ MARTINS DA SILVA
Com pigmentos de candura me tinjas neste Dia,
De adornar minha nudez diante do Eterno.
Por que temer feito o cordeirinho de uma fábula,
Acaso não terei direito a mãe na hora do Juízo?
Que imagens me sagrarão perante o crivo do Divino,
Carrasco desde sempre, de rigor emoldurado?
Solene, severo, sentado no trono das degolas:
Aguarda-me um Deus algoz brandindo a sua espada.
Oh! Quantos filhos! Cabeças e sentenças!
Na ala dos diletos, ternura e compaixão;
Aos arredios da doutrina, castigo e padecimento.
Quanta vida dissipada! Agora, arrependimento!
Mas, eis que Ele me unge com as suas asas de bálsamo
E beija a minha face aspirando aromas de inocência.
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