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sexta-feira, 31 de maio de 2013
DEVOÇÕES
LUIZ MARTINS DA SILVA
Aos domingos, lá na feira,
Como parte de um culto,
Tantas provas em oferta,
Tenças de frutos em dádiva,
II
Chegando a estação da seca,
No ofício, o jardineiro,
Tange entulhos qual no hino
Que de fato louva ao vento.
III
São, assim, à sua maneira,
No linho as almas do povo:
Cinco da manhã, de vinda
E noutras tantas de volta.
IV
Pessoas de poucos números,
Mas de tanto molde em conta,
Como podem ser felizes,
Comendo marmita a um canto?
V
Eu os consagro na memória
Do confrade que já fui,
Na lavra e no eito, jornada,
De sol a sol, castos grãos.
VI
Carreiros, formigas humanas,
Na oração do trabalho,
Apostolado de doces,
Evangelistas de folhas.
VII
No sétimo dia, guardara;
No ócio das horas ocas,
O quinhão da santidade,
Dízimo da sexagésima.
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