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terça-feira, 7 de maio de 2013
AS DUAS CASAS
LUIZ MARTINS DA SILVA
A casa,
Já não é a mesma,
Da planta original,
Tantos acréscimos e adaptações.
Por fim, parei, desisti, ao descobrir:
Casas são projeções de um espaço mental.
Com seus labirintos de uma vida para dentro
E de tudo que nos habita em aposentos folhados.
Não tarde descubro, meu coração é só o âmago
De um universo de memórias e pulsações,
De uma história afetiva que emenda retalhos de tempos
Num cerzir constante de apreender amores.
Agora, estou mais leve,
Por saber das casas,
A de fora, concreta, finita.
A de dentro, autoconstrução interminável.
Agora, posso dormir,
E até acordar, tanto faz.
Já não me circunscreve aquele espaço
Aonde, indevidamente, escrevem: “Jaz”.
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