LUIZ MARTINS DA SILVA
Quando os deuses choram
Não é que sejam rudes,
São somente luscos
De rios e chuviscos.
Deuses mal contêm
As suas poluções,
São resinas sagradas
De seivas cósmicas.
Quando os deuses
riem,
São lágrimas indianas,
Ancestrais estamparias
De padrões fractais.
Ah! Os deuses nos invejam
Nas nossas conjunções,
Eles não são navios
Fundeando em portos.
Deuses não devem gulas,
Pois, são de perpétuo êxtase,
São de gozosos mistérios,
Comuns a nos soçobrar.