I
No primeiro de uma dúzia
Renovações de promessas,
Insistir no sonho que somos.
II
De tudo o que é desejado,
(Mas nem tudo confessamos,
Melhor um baile de máscaras.
III
Volta a vida, voltam às aulas,
E o imposto da República
Que temos por ilustrar.
IV
Tempo de se abrir um céu
De esfuziantes virtudes,
Constelações de brilhantes.
V
Casar-se mais uma vez
Com todas as noivas do mundo,
Perpetuar nossos nomes.
VI
Primeiro mês dos sem erres
Fartos mares de sardinhas
E santos com festas de milhos.
VII
Estação de calafrios,
é o inverno de nós mesmos
De tudo que não fizemos.
VIII
Gosto se quer se discute,
Mesmo que a terra vermelha
Implore perdão de pé juntos.
IX
Com muita desenvoltura
Volta a natureza ao estilo
Cartela de todas as flores.
X
Outubro, apelido de Outono
Ou seriam irmãos gêmeos...
Oriente e Ocidente?
XI
A melhor provas dos noves
Geometria de lápides,
Certezas bem decoradas.
XII
Volve a nós o mesmo ciclo
Sagradas festas pagãs
Todos podem ser crianças.