dire

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segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Dança ao Vento


A solidão é menina ainda
Esburaca a estrada, esfria a noite e embaralha os dias
Faz da vontade um sono profundo.
A solidão já é moça feita
Tece as manhãs num tear imenso
Faz do sorriso um longo gemido.
A solidão é mulher bem velha
Mistura o tempo num baralho antigo
Faz teus pés ;cansados e da brisa mansa um vendaval no rio.
Mas se olhares lá fora o dia
Verás criança a cantar ciranda.
Se deres à moça um pacote de fita e à mulher velha um abraço amigo
Verás que os dias são canções ao vento
Que a noite é morna, que amanhece e que o sol já brilha.
Faz da solidão uma janela aberta, cheia de vasos de margaridas
Limpa a varanda, afasta as cadeiras
Tira pra dançar a menina , a moça e a velha senhora.
L.A ( sopro ao ouvido)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

AFLUÊNCIA












O mar , asseguram os poetas,
guarda segredos dos rios
Estes em obediência cega
Entregam-se a sua imensidão.

Luisa Ataide