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domingo, 21 de outubro de 2012

ASAS DO PARAÍSO




Luiz Martins da Silva


 
 
Há tênues fronteiras no Éden,
Mas elas não são cidadelas,
Nem muralhas, nem prisões.
 
 
Por isso, aparecem aqui.
Por distração se desgarram,
Já não reencontram portais.
 
 
Os mais puros e os mais belos
São todos suspeitos fujões,
Com certeza, os colibris.
 
 
Desconfio de aparências:
Borboletas, pássaros, flores...
Mas cismo também de ti.