dire

dire

sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

FELIZ ANO NOVO





“Se o Belo é o Bem”, corramos a traçá-lo no caminho da inquieta humanidade."



Com renovação de projectos e o Amor a guiar-nos, sem perder tempo, sem olhar para trás, sem cairmos nos obstáculos, ou se tivermos mesmo de cair, que não nos falte o gosto de sermos levantados!
Boa passagem de Ano!


FERNANDO PASSOS E TERESA PASSOS (LISBOA- PT)

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Uma casa para um Menino-

Esta é a história do nascimento do menino-Deus.
                      Contada por :



Amorosa Violeta Margarida dos Jardins - A Vaca.









Bumba Alegria- O Boi,









Chico Cansado - o Burro

 
 
 
 



e  Breeenda, a Ovelha






Dizem que tudo aconteceu em Belém. Outros juram que foi lá para as bandas de Nazaré. O certo é que um tal de  Gabriel recebeu por missão encontrar uma casa para a chegada do Menino-Deus.  Ele viajou dias e noites sob tempestades e ventos, sob o calor do sol e o brilho das estrelas. A casa que ele procurava, não poderia ser uma casa qualquer. A casa deveria ter quatro marcos: O Amor, A Alegria, O Trabalho e A Esperança.
Depois de muito viajar, ali estava , sob o maior de todos os clarões da lua: com poucas paredes de madeira, um rasgo grande no telhado - A casa. Na verdade, Gabriel olhando assim do alto, nem achou que era realmente uma casa, mas ele pousou ali suas asas.


Na casa moravam: Amorosa Violeta Margarida dos Jardins, a Vaca. Farta, tanto de leite como de amor no coração.
Bumba – Alegria, o boi. Boi caprichoso, bonito e namorador.
Vivia na casa  Chico Cansado, o Burro. Burro sim, mas trabalhador como nenhum outro.
E morava ainda: Breennda , a Ovelha. Bem, na verdade, ela não era assim uma ovelha como costumam ser as ovelhas: enquanto tricotava conversava com as estrelas.

Naquela noite, Alegria, o Boi chegava de mais um baile, cantando e rodopiando pela sala, elegante e perfumado como sempre. Parou contudo perturbado com o brilho imenso, do que parecia ser uma estrela entrando pelo buraco do telhado. E foi assim, pescoço torto e rabo espetado,  que Amorosa Violeta Margarida dos Jardins - a Vaca  o encontrou.

– Alegria, o que foi?

– Essa estrela, minha flor, olhe!. Não estava aí quando eu saí. Que brilho intenso, chego a ficar arrepiado.

A vaca olhou para o céu e ficou também admirada.

– Na última noite, disse o boi. Eu tive um sonho estranho. Sonhei que ali na entrada da porta havia uma cestinha e dentro dela uma criança. O menino era nosso, nós devíamos cuidar dele.

Foi quando naquele momento chegou o Burro.

– O que vocês admiram tanto aí no céu? É uma estrela? E sacou do bolso uma luneta.

– Que estrela admirável! continuou o Burro. Nunca vi uma estrela assim. Sabe eu também tive um sonho. Sonhei que eu estava lá no campo arando a terra. Era de tarde, eu estava já  cansado... cansado... quando puxei o arado , ali estava entre o feno espalhado: um menino.

– Hum não sei não, esses sonhos com criança, só pode significar que teremos mesmo um menino. Mas que cheiro esquisito é esse?, falou a Vaca.

– Eu sempre falei para vocês no alinhamento dos planetas que nos traria uma estrela anunciando a Era de Peixes. ... Disse Breennda a Ovelha enquanto espalhava incenso pela casa.

– Todos esses sinais, continuou a ovelha, significam que um novo tempo está chegando. Um tempo que nos ensinará o amor entre os homens.

– Bem, disse o burro. Eu sempre achei essa ovelha esquisita mas devo dizer que alguma coisa está para acontecer. Essa luz intensa, todos nós sonhando com um menino... acho que teremos visita.

– Visita? disse a Vaca. Estejam certos que esta casa não está muito em condição de receber a visita de um menino. Então, VAMOS À FAXINA!!!

E a Vaca distribui vassoura, rodos, sabão e todos iniciaram a limpeza da casa. Trabalharam toda a noite e tão cansados ficaram que adormeceram e não notaram a chegada do visitante. Quando acordaram no dia seguinte, ali estava entre eles: O Menino.

O Menino passou naquela casa, que nem era realmente uma casa, apenas uma semana. Alimentado pelo leite da vaca, adormeceu no lombo do burro. Riu com as piruetas do boi, aqueceu-se com a lã da ovelha. Faz parte da história dele as lições de Amor, Alegria, Trabalho e Esperança.

Que neste natal, você receba o menino. Alimente-o, cuide dele, brinque com ele, conte-lhe muitas histórias  e o presenteie a alguém.
Luisa Ataíde


 Do livro-     PARA LER E BRINCAR ( Especial de Natal) Editora Delicatta- São Paulo, Br) Edição não comercial

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

PARA NÃO SERMOS UMA ILHA

Bonecos De Neve


Que o Natal nos seja um presente, todos os dias.


Em Dezembro, ao Sul da América a neve nunca cai sobre os telhados das casas

Não há lareira nos lares e os pinheiros tropicais são árvores multicores.

Os bonecos de neve moram nos shopings

Gorduchinhos estáticos sob a fina chuva de isopor.

Os meninos apontam os dedos e o riso às cidades de quase neve

Os pais resgatam os pacotes de dentro das lojas

Guardam neles o natal que nunca tiveram.



Em Dezembro, ao Sul da América só a chuva cai sobre os telhados das casas

As estrelas descem à Terra e iluminam as varandas

E enchem de luz os corações dos homens.

Natalino, o Espírito retorna às ruas

Preenche de sons de sinos quintais e avenidas

Recolhe das portas as doações de paladar e cor

E salva o Natal dos que sonham com fartura e riso.



Em Dezembro, ao sul do Sul da América, cai um pouquinho de neve

Há lareiras e pinheiros coloridos

Há canções com estrelas dentro.

Há risos e meninos encantados

Espelhado na íris o último expresso da Infância.

Perdoamos a intenção comercial do caminhão iluminado

E recolhemos apenas o que ele sopra de magia e luz em nossas vidas.



Aqui, ao Sul da América há cantatas e luzes nas praças

Enchemo-nos com o vento da fé para os outros meses do ano

Agradecemos cada dia dado.

Que a esperança, hóspede contumaz de nossas casas

Corra os mares e terras distantes

E nos faça apenas filhos do mesmo planeta

Que pede respeito e paz.


L.A