
Que o Natal nos seja um presente, todos os dias.
Em Dezembro, ao Sul da América a neve nunca cai sobre os telhados das casas
Não há lareira nos lares e os pinheiros tropicais são árvores multicores.
Os bonecos de neve moram nos shopings
Gorduchinhos estáticos sob a fina chuva de isopor.
Os meninos apontam os dedos e o riso às cidades de quase neve
Os pais resgatam os pacotes de dentro das lojas
Guardam neles o natal que nunca tiveram.
Em Dezembro, ao Sul da América só a chuva cai sobre os telhados das casas
As estrelas descem à Terra e iluminam as varandas
E enchem de luz os corações dos homens.
Natalino, o Espírito retorna às ruas
Preenche de sons de sinos quintais e avenidas
Recolhe das portas as doações de paladar e cor
E salva o Natal dos que sonham com fartura e riso.
Em Dezembro, ao sul do Sul da América, cai um pouquinho de neve
Há lareiras e pinheiros coloridos
Há canções com estrelas dentro.
Há risos e meninos encantados
Espelhado na íris o último expresso da Infância.
Perdoamos a intenção comercial do caminhão iluminado
E recolhemos apenas o que ele sopra de magia e luz em nossas vidas.
Aqui, ao Sul da América há cantatas e luzes nas praças
Enchemo-nos com o vento da fé para os outros meses do ano
Agradecemos cada dia dado.
Que a esperança, hóspede contumaz de nossas casas
Corra os mares e terras distantes
E nos faça apenas filhos do mesmo planeta
Que pede respeito e paz.
L.A
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