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sábado, 9 de fevereiro de 2013

EPÍTETOS PARA UM ASCETA


LUIZ MARTINS DA SILVA

À memória de Clésio Ferreira
(Dos irmãos, Clodo, Clésio e Climério).


Pessoas há que não passam,
Mesmo quando já trespassadas.

Olhar de amigo, lívido lírio.
Olhá-lo óvulo, voo, enlevo calmo.

Ia-se, nado, a braçadas para este Nada.
Que é o Tudo, ou é só um Vale.

Pedir-lhes-emos, agora, licença,
Por imagens, outras percepções.

Pessoas há que nem o são.
Se seres fossem, não doeriam.

Preferem crer, à moda dos cães.
Melhor não ser, a ser vil.

Ocultara-se, já quase casulo
Despregando vida como velcro.

Viver é só um curto invento.
Para enigmas de revelações.


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