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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

IDENTIDADES BOTÂNICAS



Luís Martins da Silva

Aos ipês pouco restou de árvores.
São, agora, conosco, mais gente.
Querem, insinuam-se, insígnias,
A se gravarem em nossos emblemas.

Roxos, amarelos, brancos...
Arcaicos, ou já de cativeiros,
Eles se implantam, desde as planchetas,
Para as nossas avenidas e esplanadas.

Fazem parte, agora, das imagens,.
Páginas dos álbuns de família,
íntimas e urbanas paisagens.

Eu os recolho,  com olhares meigos
Às tantas estações de minha vida,
Postais de afetos, mulheres e filhos.


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