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sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

ROCKABILLY





Rockabilly é um dos inúmeros subgêneros do rock and roll. Tornou-se conhecido durante os anos 50, devido a artistas norte americanos. Durante aquela década, o gênero foi impulsionado por batidas atrativas, guitarras e contrabaixos acústicos que eram tocados usando a técnica slap-back (batendo nas cordas, ao invés de puxá-las individualmente).
Embora o rockabilly seja considerado como tendo surgido no início dos anos 50, quando BILL HALEY começou a misturar jump blues com electric country, pode-se dizer que surgiu pelo desenvolvimento da música country dos anos 40 - com artistas como: Tennessee Ernie Ford (Smokey Mountain Boogie), Hank Williams (Rootie Tootie), e Merle Travis (Sixteen Tons).
Nos anos 80 Stray Cats reacenderam um breve interesse no rockabilly.

( fonte: Wikipédia )

sábado, 10 de janeiro de 2009

P!Ru&T@$





Uma pirueta!

Duas piruetas!
Bravo! Bravo!

Super piruetas!Ultra piruetas!
Bravo! Bravo!

Salta sobre a arquibancada
E tomba de nariz

Que a moçada Vai pedir bis

Quatro cambalhotas!Cinco cambalhotas!

Bravo! Bravo!

Nove cambalhotas!Vinte cambalhotas!

Bravo! Bravo!
Rompe a lona,Beija as nuvens,

Tomba de nariz
Que a moçada vai pedir
BIS!


CHICO BUARQUE

domingo, 28 de dezembro de 2008

POEMA DOS ÚLTIMOS DIAS

"Quando o sol vai caindo sobre as águas
Num nervoso delíquio d’oiro intenso,
Donde vem essa voz cheia de mágoas
Com que falas à terra, ó mar imenso?..." _ ( Florbela Espanca, Vozes do Mar)


Em toda praia há cardumes
Não é possível ver os peixes entre corais iluminados
Só o cheiro acre dos restos na areia.
Em todo poeta há um verso inacabado
Destes que habitam o pensamento
Moram atravessados entre os dentes .
Temo pelos meninos que chegam ao mundo
Sem pipa, passaraio e bola de gude.
Temo pelos dias que chegarão em caixas
Fechados, sem códigos ou chaves.
Sonhei com um dia claro
Um jardim pontilhado de colunas
Água e flores entre elas .
Meus três filhos cantavam no meio das águas
Seus rostos brancos como cera
Seguravam entre as mãos a lucidez perdida.
Vim ao mundo para atravessá-los
Sem bote nem salva-vidas
Só os quatro e o arrastar das águas.
O barulho das ondas mescla-se com o vento e canta fino como um lamento .
São as vozes dos anjos , dos meninos e dos peixes
Puxo-lhes os pés gelados, seguro-os pelos braços.
Há luz na praia, uma fogueira acesa .
Em toda areia florescem cardumes de rosas
Corais de magnólias e perfumes de jasmins.
Há versos e flores entre cabelos
Canções de infância e dias azuis
amarelos, verdes, brancos, infinitamente brancos.

Luísa Ataíde

sábado, 27 de dezembro de 2008

PASSATEMPO




Teoria de passatempo,
Para quando passa o ano,
É buscar no isolamento
Passar a limpo uma agenda.

Aponto os amigos velhos
Que se foram do calendário?
Escrevo velhos amigos
Que fogem do abecedário?

Uns, de volta à de solteiro;
Outros, de novo casados.
Uns, não mudam de endereço;
Outros, conforme o salário.

Tens minha agenda lugar,
Para um tipo de inquilino,
Presente quando é calor,
Mas no frio dobra esquina?

Pessoas há de passagem,
Cartão de visita dobrado,
Mas são sorrisos de ontem,
Amanhã, noutra paisagem.

Fiéis amigos de uma vida,
Numa agenda de papel,
São letras de eterna escrita
Sagrada num livro do Céu.
LUIZ MARTINS

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

PLENA MULHER


Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um só mel derrotados...
.
PLABO NERUDA

sábado, 6 de dezembro de 2008

DE NOVO , O NATAL

Galeries Lafayette- Paris
    "Se queremos um mundo de paz e de justiça temos que pôr decididamente a inteligência a serviço do amor." (Antoine de Saint-Exupéry)
Para uns o Natal tem gosto de infância
Papel colorido embrulha sorrisos.
Para as mães é família
Barulho de gente, risadas borbulham em volta da mesa.
Para outros é sopro por entre os cabelos
Que leva os cachos dourados dos anjos
Prá dentro das almas de todos os homens.
A legião de sofridos, agora meninos
Espalham-se nas nuvens
Balançam felizes os sinos da igreja
Arrastam-se nos vidros dos arranha-céus.
As mães, da cozinha, se assustam e gritam:
− Devolvam os meninos, porque é Natal!
Natalino, o Espírito, é pura bondade
Retira das almas dos homens os cachos dourados
Espalha em guirlandas* nas portas das casas.
Os meninos embrulham presentes em papéis coloridos
Abrem as portas para todos os outros entrarem.
As mãos misturam-se em volta da mesa
Agradecem, afagam, de novo é Natal.
L.A
Dez//2008

domingo, 30 de novembro de 2008

ÉRICO SANTOS e sua perspectiva cromática
















"A pintura de Érico Santos se constrói sobre uma das inovações artísticas mais interessantes e férteis da história do mundo ocidental, a sugestão, que aparece com Giotto e Van Eyck no século XIV, embora tenha existido, alguns séculos antes, na China. Basicamente, ela consiste em apresentar um aspecto parcial da realidade ou dos fatos, na suposição de que a memória e a imaginação do espectador consigam, de acordo com o próprio repositório de lembranças e a inventividade pessoal, completar, e até ampliar, o tema proposto. Observemos uma das telas de Érico: ele não nos dá a imagem integral, retiniana. Ele nos dá uma espécie de leit-motiv óptico, um gatilho deflagrador. Para quem vê, trata-se quase de uma "imagem desfocada". Não se vêem os detalhes na tela, mas apenas grupos de detalhes, uma figura geral. Em síntese, Érico não se interessa pela reprodução da cena exterior, mas por uma re-produção imagética, que conta com a adesão do mundo mental, sobretudo do mundo imaginativo do contemplador "- Armindo Trevisan


Tudo sobre o pintor em http://www.ericosantos.com.br/

sábado, 29 de novembro de 2008

ATRÁS DO PENSAMENTO




















Atrás do pensamento tem uma cidade
Ruas de pedras
Luz de lamparina.
Tem um homem velho que tece fios intermináveis
E limpa as remelas dos olhos de
quando em vez.
Atrás do pensamento tem um pássaro pousado sobre o muro
Que olha em volta e procura.
Um sino toca sempre de hora em hora .
No meio da rua de pedras
A mulher dança de pés no chão e vestido negro
Sob os cabelos dúzias de devaneios.
Toma sopros de vidros entre os dedos e os joga no ar.
Atrás da mulher tem um tocador de BumboRetumba compassadamente e espanta o pássaro.
Atrás do pensamento
Tem uma cidade
Ruas de pedras
Um muro vazio.
O homem , sob a lamparina lacrimeja de hora em hora
E a mulher ?
Cobre os ouvidos e
Dorme sobre as pedras.

L.A

Óleo sobre tela Steven Kenny - quer ir além?, ckick em


quarta-feira, 19 de novembro de 2008

O PODER DAS PALAVRAS



“Se me disseres que me amas, acreditarei.
Mas se escreveres que me amas,
Acreditarei ainda mais.
Se me falares de saudade, entenderei.
Mas se escreveres sobre ela,
eu a sentirei junto contigo.
Se a tristeza vier a te consumir e me contares,
Eu saberei.
Mas se a descreveres no papel,
o seu peso será menor.”
…e assim são as palavras escritas:
possuem um magnetismo especial,
libertam, acalentam, invocam emoções.
Elas possuem a capacidade de, em poucos minutos,
cruzar mares, saltar montanhas,
atravessar desertos intocáveis.
Muitas vezes, infelizmente, perde-se o autor,
mas a mensagem sobrevive ao tempo,
atravessando séculos e gerações.
Elas marcam um momento
que será eternamente revivido
por todos aqueles que a lerem.
Viva o amor com palavras faladas e escritas.
Mate saudades, peça perdão, aproxime-se.
Recupere o tempo perdido, insinue-se
Use a palavra a todo o instante,
de todas as maneiras.
Sua força é imensurável.
Lembre-se sempre do poder das palavras.
“Quem escreve constrói um castelo,
E quem lê passa a habitá-lo”

Texto de autor desconhecido, do blog de Suzana Duboc : eclipse com amor
( enviado por Ana Faleiros)

sábado, 15 de novembro de 2008

O AMOR BRASILEIRO POR PESSOA




Documentário feito em Portugal eleito um dos melhores do ano no Brasil "O amor brasileiro por Pessoa" vai marcar a exibição, pela primeira vez em Portugal, do documentário em três partes O Poeta Fingidor. Realizado pela GloboNews em Outubro de 2007 em Lisboa, foi transmitido no Brasil por ocasião dos 120 anos do maior poeta português do século XX. O evento vai contará com o grupo de teatro do Chapitô – com os actores a realizar pequenas “performances” tendo por tema as obras e os heterónimos de Pessoa, assim como a internacionalização dos seus escritos, no âmbito do Ano Europeu do Diálogo Intercultural.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

O ENCANTADO

ÓLEO SOBRE TELA- Luisa Ataide (releitura de imagem da web)

domingo, 9 de novembro de 2008

REINSURGÊNCIAS


Sagrou-te e foste desvendando a espuma
Fernando Pessoa / “O Infante”


Passada a bruma, agora, já quase por inteira
Eis-me de volta ao bravo areal da praia morena,
Rejuntando de novo a quilha aos olhos do Restelo,
Reconstruindo feito louco vadio novos castelos,
Pois não são de devaneios que a vida mais se amena?
E acaso não é de vida que mais entende o nevoeiro?

Luiz Martins da Silva - poeta, jornalista e professor da Faculdade de Comunicação da UNB

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

terça-feira, 21 de outubro de 2008

AUTOPSICOGRAFIA

Pintura de José de Almada Negreiros


O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente.
E os que lêem o que escreve
Na dor lida sentem bem
Não as duas que ele teve
Mas só a que ele não têm.
E assim nas calhas da roda
Gira, a entreter a razão
Esse comboio de corda
Que se chama o coração.

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domingo, 12 de outubro de 2008

Biblioteca Nacional de Portugal


Entregue em 30.09.2008 à Biblioteca Nacional de Portugal , em solenidade pública de assinatura do termo de doação, na presença do Diretor da BNP, Dr. Jorge Couto, um dos raros exemplares do livro Herança de Lágrimas ( 1ª edição) da escritora oitocentista portuguesa Ana Augusta Plácido, esposa do Romancista Camillo Castello Branco.O livro adquirido de um camelô na rua da Lapa, no Rio de Janeiro, foi editado em 1871, edição limitada , com poucos exemplares . Na oportunidade foi entregue ao acervo da Biblioteca , também, um exemplar da Antologia de Poesias, Contos e Crônicas do Prêmio Literário Rachel de Queiroz , cuja premiaçãp monetária dada à poesia Memórias Brancas, inspirada na escritora Ana Plácido, facilitou-me a ida a Portugal para entrega do exemplar . Não se pode deixar de mencionar a Mostra Evocativa do acervo literário de Machado de Assis no Hall de entrada da BNP. Visitada a exposição documentária em sala climatizada de documentos do Arquivo Nacional e a história Luso-Brasileira . A portuguesa, Luisa Gama , doutoranda em assuntos de história brasileira deu aos presentes uma aula encantadora sobre o nascimento e desenvolvimento do Brasil colonial.