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quinta-feira, 3 de setembro de 2009

EUTIMIA


"O objeto de tuas aspirações é, aliás, uma grande e enorme coisa, e bem próximo de ser divina, pois que é a ausência da inquietação". Sêneca

São seis horas, a tarde entrega o bastão à noite

e o homem sobre a corda segura a barra de ferro.

A corda balança entre os dois prédios e o rush soletra sua agonia.

Massa de homens e carros sob seus pés.

O prato direito da barra pende levemente

e o equilibrista oscila ao vento.

O verbo é serenar.

Conjugue-o ou todos os ímpetos selvagens
que estão entre o acordar e o sono se reerguerão.

As garras do tigre arranharão as costas ,os dentes do cão abocanharão as pernas,

a asa da ave fará cócegas na orelha.

A pulga do gato?

Está ali do lado direito do umbigo
e gritará sua presença escandalosamente.
Serenai.
L.A

Um comentário:

jorge vicente disse...

serenai e escrevai poemas. de todos os animais.

grande abraço
jorge vicente