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quinta-feira, 15 de março de 2012

OUTRO DIA





Luiz Martins da Silva


Eia, pois, aqui, agora e sempre,
Regando esperanças de colheitas,
Com suavidades de orvalho
E doçuras de colibris.

Chovem sobre a terra
Com a força das sementes
Dádivas que já leio em cestos
Abarrotados de serestas.

Você é quem amansa
Esta nova aragem
Que aquieta o fogo
E acalma as águas.

Daqui a pouco, feito brisas,
As crianças despertam,
Como pássaros de flores
Em seus uniformes de manhãs.

Ama e louva este povo
Que vem a ti de novo
Acariciar teu pão
E aromatizar teu café.

Não turva tua fé.
De ira, nem um pingo.
Aproveita esses degraus de ternura,
Tapete leve que te eleva aonde estás a ir.

Um comentário:

Lis Marina de Oliveira disse...

Luiz Martins colhe a alma das entrelinhas, faz ver o doce chão que alimenta e nos deixa mais delicados em nossos trajetos!
Lindo poema!
Lis